Saiba um pouco mais sobre as pessoas que tiveram papel fundamental para a assinatura da Lei Áurea, que marcou o fim da escravidão em nosso país
Segunda filha de dom Pedro II, imperador do Brasil, e da imperatriz Teresa Cristina, Isabel nasceu em 29 de julho de 1846, no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Em 1864, casou-se com o francês Gastão d’Orleans, o conde d’Eu. Ao completar 25 anos, tornou-se a primeira senadora do Brasil. Isabel substituiu o pai no poder algumas vezes, como regente, durante viagens de Dom Pedro II. Em uma delas, assinou a Lei Áurea. A princesa teve que deixar o país com a Proclamação da República, ao lado da família real, em 1889.
Joaquim Nabuco foi o principal representante dos abolicionistas na Câmara dos Deputados. Nascido em Recife, Pernambuco, em 1849, formou-se em direito e, em 1878, foi eleito deputado, tornando-se líder da campanha contra a escravidão. Dois anos depois, criou a Sociedade Brasileira contra a Escravidão. Em 1883, publicou o livro O Abolicionismo, em que defende que vários dos problemas enfrentados pela sociedade brasileira eram causados pela escravidão.
Filho de uma ex-escrava, José do Patrocínio nasceu 1853, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Em 1875, fundou Os Ferrões, uma revista que tratava de temas políticos de forma cômica. Depois, passou a escrever para o jornal Gazeta de Notícias, onde iniciou a campanha a favor da abolição. Em 1881, José do Patrocínio comprou a Gazeta da Tarde, que se tornou um jornal voltado apenas para a luta pela abolição. Além disso, ajudava muitos escravos a fugir ou a comprar a liberdade.
O engenheiro e militar André Rebouças nasceu em Cachoeira, na Bahia, em 1838. Participou da Guerra do Paraguai em 1865 e, na década de 1880, engajou-se na campanha contra a escravidão, ajudando a criar a Sociedade Brasileira contra a Escravidão. André acreditava que qualquer trabalho deveria ser retribuído por meio de um salário, que garantia a autonomia e a dignidade dos trabalhadores.
Nascido em Salvador, na Bahia, em 1849, Ruy Barbosa foi um dos políticos mais importantes da época. Eleito deputado em 1879, atuou na reforma eleitoral e na libertação dos escravos. Ruy Barbosa ajudou a defender os interesses dos abolicionistas, aproveitando a influência que tinha para espalhar ideias liberais. Também participou do movimento republicano, teve grande importância na Proclamação da República, em 1889, e se tornou o primeiro ministro da Fazenda da história do Brasil República.
O poeta Castro Alves nasceu em Curralinho, na Bahia, em 1847. Na década de 1860, escreveu versos de protesto contra a escravidão, que denunciavam os maus tratos aos negros — por isso, ficou conhecido como o Poeta dos Escravos. Foi amigo de Ruy Barbosa, com quem compartilhava as ideias abolicionistas. Castro Alves morreu em 1871, antes que os escravos fossem libertos.
O pernambucano João Alfredo Correia de Oliveira foi um político muito importante no processo de abolição da escravatura. Em 1888, tonou-se presidente do Conselho de Ministros e ministro da Fazenda. João Alfredo ajudou na formulação da Lei do Ventre Livre e da Lei Áurea. O ministério liderado por ele assegurou a aprovação do projeto da Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel.
Nascido em Luanda, na Angola, em 1812, Eusébio de Queirós foi eleito deputado em 1842. Entre 1848 e 1852, foi ministro da Justiça. Ele foi autor da lei que proibiu o tráfico de escravos para o Brasil — assinada em 1850, ficou conhecida como Lei Eusébio de Queirós.